Wednesday, December 05, 2007

Momentos Infinitos



Minha raiva
Não é por dentro
É por fora
Incendeia minha alma
Não me cabe no peito
Raiva misturada com ódio
De sair correndo quebrando tudo
Gritando por aí ao vento
Rodando pela cidade
Perambulando
Luzindo os postes
Perdido no olhar
Sentindo-me esvair
Pelo chão
Ruindo em palavras
Em meus momentos rompantes
Deslocado
Momentos intensos
Variados
Momentos vividos
Desregulados
Momentos sentidos
Desorganizados
Momentos i.n.f.i.n.i.t.o.s
Incompreendidos
Áqueles que consomem o meu lado positivo

Lucas Bertoldo

Thursday, November 01, 2007

O fundo de pessoas perdidas, essa é a vida



Quem finge viver
Não sabe o que é sofrer
Entretanto vivem para falar do que não sabem dizer
Da boca pra fora não olham pra dentro
Apenas vão à desforra com o exterior carente e assim se avaliam
Desiludidos fanfarrões valentes encontram sadiamente a vida dentro de uma patente
Na merda acham a vida querendo desfrutar a beleza vazia de um olhar enriquecedor

De ambas as partes, de todos os sexos e de todas as cores
Iludida e querida vadiam pela saleta colorida de um lixão transformado
Carimbam a saída com uma entrada bonita que sugere uma estranha e malfeita companhia
Que entristece e te joga guela à baixo uma comida fria, podre e nada sadia
Agora varia seu lado íntegro do seu escondido, e avalia sua vida como perfeita e guarnecida

Mas se um dia
Te der saudades de fazer o que nunca fez, e sentir vergonha pelos outros
Pelo meio de uma canção qualquer talvez
E ter sua alegria minimizada como a pétala de uma flor
Será uma abelha embuida em conter sua alegria contida por encontrar a mais bela flor
Sem poder tocá-la verá que a luz não é dia e sim escuridão e calmaria

Sofrendo acordado só por sentir dor
Verá que não viveu a vida como deveria, e saberás como se vive com ardor
Capaz te diria, se não soubesses como faria pra te tirar dessa vida destruída e sem cor
Nada basta, nem com amor, talvez seja de mais útil valhia ser dono do nosso interior
Cegar-se das coisas perdidas e enxergar o que sempre se procurou

Se sabe sem saber que o segredo de uma gloriosa receita de vida
Não passa de uma ilustração de uma parte nostálgica do ser embalado na rede vadia
Embebida de suor e calafrios de um pesadelo doente que ri da tua cara perdida
Que vive sonhando com partes de nossa tão esquecida paralisia cerebral que é tomar um soco na barriga
E cuspir pra fora toda verdade de toda mentira que se diz sem cabimento, e sentir-se amável por apenas um dia

Não se sabe a valer por conseqüência o pertinente colher
Como é estando por dentro de outra pessoa derrepente saber
Ninguém saberá se vale a pena sonhar
A alma do outro porém se encaixa em outro universo
Com quem não há comunicação possível, com quem não há verdadeiro entendimento e muito menos sentimento!

Nada sabemos de ninguém a não ser de nós mesmos e do nada somente, desabar
Aos dos outros são olhares, são gestos, são atitudes, são palavras parafraseadas da noite pro dia
Livre com a suposição de qualquer mera semelhança corroída
E no fundo sabermos do nosso erro inocente perambulante
Ou perante da tua superfície descarada e penetrante que é......tua vida, sem desculpar qualquer e nunhum engano!

Lucas Bertoldo

Sunday, October 21, 2007

Incompreendido Talvez


Como é ver e não acreditar no que se vê - difícil
É tanto o quanto sentir e não se poder fazer nada - impotente
Um baile de fantasias da futilidade humana - condenável
Ignorância fadada de um povo descrente - desvirtuamento
Lágrimas deslizam de minha entristecida alma - descrente
Cristalinas vertentes, imponentes e intermináveis – lasciva dor
Não há refúgio – somente saudade
Saudades de início, meio e fim - de tudo enfim
Tempos estranhos, verdades incostantes - vida passageira
Padeço na ausência de um amor - distante
Em busca de um amor loucamente - me perdi
Da única forma de fugir da realidade, verdade, com ele - da vida
Cadenciar a vida de extremos - tristezas e alegrias
Construo por ele castelos - rachados
Juntei sementes – um bosque plantei
Rouxinóis cativei com um canto – uma linda sinfonia criei
Em busca de um coração ao passado regressei - nada busquei
Fiz das nuvens meus degraus – ao infinito subi
Um pouco de luz para as estrelas supliquei - foi tudo que pedi
Da madrugada o silêncio que acalanta roubei - dormi
E com as cores do amanhecer no meu leito salpiquei - da cama pulei
Capturei o perfume das flores do campo – me banhei
Ao som das ondas suaves - fiz canção
Vesti-me de poesia – versos inventei
Deitei-me na relva macia – sonhei
Meu coração por ti se fez refém - me matei
Acreditei que viveria por tua paixão - cansei
Que felicidade fosse certeza e não condição - prisão
Que amar demais fosse dádiva – não maldição
Criei um mundo inesistente pra não mais chorar - tentei
Na minha mente refugiar-me e parar de sofrer - busquei
Deixar de ser incompreendido talvez - com álguem

Lucas Bertoldo

Friday, October 05, 2007

Soneto do Solteiro


Qual é o problema do amor?
Por que enlouquecemos?
Quanto tempo perdemos nos preocupando com isso?
Se eu estou sozinho, eu me queixo:
" Será que eu vou encontrar alguém? "
Se estou com alguém, eu penso:
" Será que é ela? Ele me ama como eu a amo? "
Dá para amar várias pessoas em uma vida?
Por que nos separamos?
Dá para consertar as coisas quando se estragou tudo?
São perguntas idiotas que me faço o tempo todo.
Não posso dizer que não sabia.
Eu me preparei.
Li histórias de amor, contos, romances...assisti filmes de amor.
Ahhhhhhhhhhhhhhhh . . . . . . . amor, amor, amor!

Lucas Bertoldo

Monday, September 03, 2007

Uma grande tempestade que caiu sobre mim



Vivo no vácuo da tristeza e me alegro de alegria
Espanto o cinza-escuro da saudade
E volto a ter o ardor da felicidade
Deixando-me explodir o amor em meu peito

Esqueço as nuvens feias, tempestade
Que varre estes meus dias e me afoga
Esqueço o barco que perdido vaga
Nos mares tenebrosos da dificuldade

É pena que esta noite sempre acabe
Que a chuva forte o teto meu desabe
E eu me afogue em sofrimento e dor
Tingindo de saudade os devaneios

Sigo sorrindo sofrendo
Com uma dor em meu peito
Esta minha paranóia de agonia
Que ventila o meu peito

E lá vem vindo o tormento tempestade
Sem nome e harmonia que me leva a energia
Me deixa a raiva e me desanima
Correndo sem saída

A tempestade de lembranças se arma
E os raios no meio da escuridão do meu coração
Da grande tempestade que caiu sobre mim
Mas é uma pena oh grande tempestade, só lamento...pois eu sou mais forte!

Lucas Bertoldo

Wednesday, August 08, 2007

Hoje ser mais feliz que ontem e menos que amanhã



Olá novo dia
Raiar rubroso
Ou dia intedioso
Novas obras e artes
Para meus tristes e loucos olhos verem
Só não peçam para dobrá-los
Eles não são cegos
São o que me há para se viver e ver
O que ainda me atraí
Não adianta me empurrar os espinhos
Eles não descem mais
Só as paráfrases das minhas linhas do intertexto
Colando como o vento no meu rosto de sabiá
Sabiá ou que seja
Só para voar e sentir
Ninguém vai me fazer mudar...
Aquela falta de amor, vontade, saudade
Ânsia de poder, fazer só o de um porquê
Só além daquilo que não posso ver
Vivo a imaginar...
O que posso fazer sem o que mais poderia querer
Só o que preciso
Sonhar
Pra ganhar motivos pra chorar
De emoção e pular
No mar da alegria
Cheio de tintas
Como na aquarela da vida
Que chega pra saudar
Meus horizontes tão distantes
Que vivo a bajular
Eu me faço, ou perco tempo pensando no que pensam
Deixando de pensar sem saber, mas querendo encontrar
O por que maior disso
Razões e direções
Para assim flutuar no meu domínio
Sem tomar o xeque-mate
Não me pergunte o porque, mas sim o significado
Ou do meu surrado coração vinil
Que toca poesias, sentimentos, músicas e cenas
Pra lá de variado
Que vem pra te buscar
Pro meu imaginário
Na cidade dos sonhos
No baú do meu tesouro
Quem sabe pescar
Felicidade, amor e liberdade
De quem sabe eu...
Hoje ser mais feliz que ontem e menos que amanhã!

Lucas Bertoldo

Tuesday, July 24, 2007

Não sou o melhor, nem o pior, só sou eu mesmo com meus sentimentos!



Te encontrei sem encontrar me perdi, sem saber que podia sonhar, sonhei, sem saber que podia amar, amei, sem saber que podia chorar, chorei, sem saber que podia perder, perdi, sem saber que podia ganhar, ganhei, fiz tudo isso por você sem saber o que era me apaixonar, me apaixonei, sem saber que era tão gostoso te beijar, beijei, um beijo roubado te dei, mais que meu amor te darei se me prometeres dançar comigo loucamente outra vez, juntos como um pé de valsa ou como uma gota d'água que pinga por sorver alucinadamente na boca seca de quem clama por paixão, queima por ardor e sabe o que é sorver o mais belo amor!Te amo e te venero não por assim ser, mas por assim sentir o mais sublime amor por você que me faz flutuar e tocar as nuvens outra vez, por sentir-me queimar embulido pelo fervor e poder estourar em âmbito tão feliz por saber que álguem sente o mesmo por mim, por tudo, amor!

Lucas Bertoldo

Saturday, May 19, 2007

C`est la vie



É preciso acordar, pra fazer
Algo do tipo
Dizer tantas coisas
Fazer um tanto
O quanto
Que perco o rumo
E não me aprumo mais
Como barco sem bússola
Já não sei quem sou
E cruzo sem rumo
Novos e velhos infortúnios
Mas singo andando no meio fio
Equilibrado na própria sorte
Sem medo, nem documento
Sem vergonha, e nada mais
Com o corpo vazio
E a mente cheia
De cada, do nada
Rindo do simples do mundo
Do inseguro o absurdo
Ou do que restou de uma noite
Vivo sonhando, com isto ou aquilo
Mas agora já é tarde
E amanhã é preciso acordar
Novamente...
Vou dormir sonhando
Pra sonhar dormindo
Dançando na minha mente
O compasso da música
Que toca, na mente
Na vida
Da gente
Que acorda dormindo, e vive sonhando

Lucas Bertoldo

Wednesday, January 31, 2007

Eu sou como eu


eu sou como "eu sou"
assim pessoalmente
um intransferível diferente
sem mente
nem conseqüente

eu sou como "sono io"
ligante a um pingente
inconseqüente
inviolavelmente
transcendente

eu sou como "i am"
lunático ardente
fusível doente
simples e incoerente
faço parte do invariavelmente

eu sou como "soy yo"
un simles hombre
coerente e dormente
alegre e presente
ferrado e indecente

eu sou como "ich bin"
feito um pedaço de mim
compenetrado no ausente
vidente e vivendo tranqüilamente
todas horas do fim

eu sou como "je suis"
calmo e impotente
andando sorridente
no sol que vem incesantemente
buscando a vida e sonhando alucinadamente...

Lucas Bertoldo

Wednesday, January 03, 2007

Livre


Pássaros somos
pássaro sou
sem menor retorno e contorno

Depois que as asas doem
e as folhas tombam

Aos poucos
vou comprando
a liberdade
que tanto sonho

Os sapatos doem
as roupas secam
a morte não tem dor
doendo em nós mesmos

Aos poucos
vou comprando
a liberdade novamente
dia após dia

De graça
nada nasce

A vigilância
cobre nosso sono
com gaiolas e tômbolas

E o comércio
do sonho
se dissolve

Aos poucos
vou comprando
a eternidade

Como um pássaro a voar
livre leve e solto
buscando sempre a felicidade...

Lucas Bertoldo

Tuesday, January 02, 2007

Com amor ou sem amor



Desde então
Tenho esperado por você, amor
Mas ultimamente
Mais do que nunca
Eu queria que você estivesse aqui
Assim comigo
Por que ele está tão distante?
Eu não consigo entender
Agora estou esperando por você
Eu ainda sinto a expectativa
De te encontrar
O coração pode cansar de vez
Agora não há nem mesmo limite
Tenho que matar a dor de estar sozinho
Aqui sem ninguém no frio da noite
No pensamento, a rosa da minha vida
E no encanto das rosas
Está em que sendo tão lindas...
Não sabem que o são
Se um pingo de amor brotar no espinho da rosa
Saberei que é amor
Que saudade o tenho
Do meu amor
Que eu nem lembro mais
Como quando olho para o sol e no céu te procuro
E nas noites que você encheu de fogos
Ficou vazio
Ainda estou encantado com a luz que você me trouxe
Preso no mometo
Em que eu não estava pulando
Para mim foi uma queda
É uma longa descida até o nada...
Assim é o amor como uma rosa
Tudo tende a renovar-se
O amor que murcha, cede lugar a um outro novo amor
Vou continuar com meus planos
Como algo para poder viver
Sem ter que sofrer
Com amor ou sem amor
Eu não vou abandonar as cores que você trás Até que eu tenha um novo...
...Amor


Lucas Bertoldo