Tuesday, June 27, 2017

Sinto-te o desejar profundo


Sinto-te tanto quanto
O humano coração com mais verdade 
Pode ser como amigo ou como amante 
Mas sempre com sinceridade

Sinto-te enfim, sem fim
Além, até o presente na saudade
Com grande liberdade 
Dentro da eternidade de cada instante 

Sinto-te a mais, e mais que outrem
Um desejo indivisível que possa ser permanente 
Até que um dia em teu corpo de repente 
Hei de morrer de amar mais do que pude 

LcBertoldo

Tuesday, June 20, 2017

Quase sem querer


Ela é aparentemente tímida 
Mas só eu sei o quanto é levada
De mistério 
E idéias sem fim 
Que se misturam 
Ao imaginário 
Leviano 
E louco 
Dos desejos 
Mundanos 
De sentir 
Mais do que os outros 
E deixar-se 
Sorver
Em demasia,
Faz com que a vida 
Seja ainda mais colorida
E faça 
A cortina 
Subir 
E descer
Dia 
Após 
Dia 
Para receber 
Aplausos 
Da empatia 
De quem vê 
O mesmo
Que você 

LcBertoldo 

Tuesday, June 13, 2017

Um cara de sorte


Expresso palavras e sentimentos 
Transmitindo o que sinto 
Quando não estou com você 

Mas ultimamente 
Mais do que nunca 
Vivo a te esperar

Por que ela está tão distante?
Eu não posso entender agora 
Adentrou a'minha vida de uma forma inesperada 

Senti nossa afinidade forte como um raio,
Foi quando nos encontramos e,
Trocamos olhares longínquos...

No teu olhar, vi o brilho maior que me faz sonhar  
Me entregando ao devaneio de te conquistar 
Fazer teus olhos cintilarem

Já que prosaicamente me encantou 
Com seu jeito 
E sua voz 

No seu lindo sorrir 
E a intensidade assintomática de te ter 
Que me fez especialmente raro

Desejando 
Por um dia ou mais 
Ser, ademais  

Seu anjo negro,
Que vai te fazer sentir, preencher 
Todo vazio do seu coração 

Exterminando todos seus medos 
Te dando o entendimento que
Entre centenas de milhares de pessoas

Eu possa, 
Ser
Um cara de sorte  

LcBertoldo 


Tuesday, June 06, 2017

Sempre Livre


Logo logo eu canso: Eu disse. Ela era tão desconfiada. Chegava a ser redundante seu ciúme, não me parecia mais uma doença, já era um cacoete. A síndrome da possessão. Lhe disse calmamente:
N° 1: Eu não sou um bem adquirido por você;
N° 2: Todo ser humano tem o direito de ir e vir. Ainda mais homem que gosta de ir, vir, ir, vir, ir, ver, sair, voltar, não voltar. Bem isso não vem ao caso agora;
N° 3: (Ela parecia chateada, eu resolvi quebrar o clima pesado) Não vou andar na coleira e nunca vou ser o seu cachorro adestrado; (ela não riu, quase mesmo)
N° 4: Eu te convidei, tu disse que queria ver novela. E tu sabes que não assisto novela nem que me paguem. Estamos a quase dois anos juntos e tu tá parecendo cada vez mais com a tua mãe. Se teu pai é capacho dela e nunca disse nada eu não tenho culpa, mas comigo é assim e se você não gosta pode começar a procurar outro; (será que fui longe demais?)
- Querido, acho que você tem razão.
Ao quebrar meu monólogo com essa declaração eu me assustei.
- É que eu gosto muito de você, tu nem sabes quanto. Eu amo mais você do que... (5 segundos) eu amo mais você do que eu! (nossa essa ela forçou....)
Bem como já tenho experiência conjugal, previ o que ia seguir-se:
Ela falou e falou, aliás discutiu nossa relação por trinta minutos então ao final da última declaração assim, resolvi beijar-lhe de supetão, de bate pronto grudei nela, ia contando mentalmente os segundos, não podia dar-lhe chance para pensar. Acho que ficamos uns dois minutos por aí nessa de trocar fluídos. A essa altura do campeonato esses beijos não tem tanta graça, recorre-se a eles em último caso em ocasiões ímpares. (quando uma ocasião será par?) Bom não queiram saber onde minha mão estava no terceiro minuto, ela começou a ficar quente eu admito, além do que ela também é boa de gemidos e suspiros, mas tudo acabou no quinto minuto. Um Sempre Livre. Daqueles com abas que parecem asas do Espacial Columbus. Estava meio suado, meio amassado, aquilo me enjoou. Me afastei, ela parecia que ia chorar. Então ela fez a pergunta fatídica:
- Você me ama ainda?
Me veio a cabeça a resposta mais cafajeste possível....
- Quando eu disse que te amei?
Bem na verdade sei, eu disse, eu estava bêbado. Respirei e optei pelo pior:
- Acho que devemos discutir a relação.
- Meu amor eu lhe fiz uma pergunta e você não me respondeu. Eu preciso muito saber.
Agora ruim a hora do cafajeste:
- Acho que temos que dar um tempo.
Ela começou a chorar, normal.
- Você vem mudando, só reclama do meu amor, eu não te presto né, é que eu gosto muito de ti, muito mesmo. Eu queria casar contigo, sempre sonhei com o dia que você pedisse minha mão (aos prantos) mas não, olha o que eu recebo em troca, vamos dar um tempo, tu quer ser livre vá, mas não volta mais. Nunca mais.
Percebi que ela ficava linda chorando, fungando, com os olhos vermelhos. Ela agora parecia uma das atrizes das novelas que ela assiste com a mãe dela, parecia uma atriz mascarada que vê seu príncipe encantado beijando outra. Bom ela quer casar comigo, me prender ainda mais, prisão domiciliar que meus amigos tanto tentam libertar-se: Agora eu poderia ser livre, semprelivre.
- Olha só vou pegar minhas coisas e pensar um pouco sobre eu e você, sobre a vida, sei lá.
Não chora, não vale a pena. Amanhã você vai ver que tu foi boba. Tu é boa demais pra mim. (velho clichê pra escapar como o cão arrependido)
Acho que eu preciso ir esfriar a cabeça e dar tempo ao tempo sabe, tenho que pensar nisso tudo...
Meia hora depois....
Viviane estava me recepcionando e dizendo:
- Ai, estava louquinha pra te ver.
- Agora acho que vou dedicar mais tempo contigo - disse-lhe.
- Até que enfim largou a mocréia!
- (Não gostei dela ter falado assim, a Júlia ainda é especial pra mim)
- Nossa como sou hipócrita...
- Como?
- Nada só pensei alto - retruquei.
Ela não podia pedir detalhes da minha separação, iria me amolar com perguntas infindáveis, e tudo mais, eu definitivamente não estava afim de discutir com ela, minha outra discussão foi o fim...então comecei, a beijei depressa. Dois minutos bastaram, estava quente como um vulcão. (mas ela não estava expelindo lava...ainda)
No terceiro minuto cheguei ao momento fatídico novamente, ela estava no ponto ideal e aflita pela minha descoberta. No quarto foi que percebi...ela estava livre, sem calcinha, sem...sempre, sem-pre-livre!

LcBertoldo