Mentes cruas
Nuas, desvalorizadas
Per capitas
Não valem um puto interno bruto
Em um país de canibais
O que mais poderia querer um gaiato vestido de robô?
Mais burro que a máquina, é ele
Vendido por uma merreca,
Comprado com uma ninharia...
Vendido ao país
Vendeu-se,
Como uma puta na esquina, deu tudo que tinha...
Pior que nada recebeu
Só um chute no rabo
E foi adentrar o mundo dos abomináveis
Os desempregados!
Pô-se a comer com os outros...
Fora devorado por um ou por outro
O que importara é saber: o coiote ou o leão...?
A leoa e a selva prosperam
Onde os fortes sobrevivem
E os fracos deflagrados em seus nichos
Não ficam ricos
Pois pobres são os de espírito que não ousam
E falam sem fazer, e falam sem parar....
Caem em um riacho de traíras
Lapiás ácidos para chuchu
Transformam-se;
Transtornadas,
Equivocadas,
Eloquentes...
As pessoas se tocam...
E não se sentem,
Se cheiram...
E não se olham,
Se amam...
E se odeiam,
Se provam...
E degustam,
Depois, ao fim se comem...
LCBertoldo
PS: A necessidade faz a ocasião?
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