Saturday, March 01, 2008

Eu, você...você, eu...amantes!


Eu estou saindo
Estou indo
Preciso satisfazer o "eu"
Aguardo...de coração a mostra

Uma pausa para o amor
E por que não?
O que é o amor?
Como amamos as coisas e as pessoas?

A humanidade não é um clube
Lamento informar que há quem não ame
Na acepção sentimental da palavra
Apenas aprecia, aprova, julga...calcula onde está seu interesse, amor platônico!

Ou ainda amar idéias abstratas, ideais, projetos
Nunca a boa prisão de um quente e cheiroso abraço
Orgulho-me do meu "eu"
Freud explica

"Eu" amo o sentimento, música, cores, poesia, forma
Distinguir lágrimas e o riso
O coração batendo de esperança ou o peito arfante em desespero
Não raciocino sou impulsivo, romântico e impressionável

Perante ti sou um não-alguém
Superior, desaprovo
Inferior, protejo-me
Assim aponto-te e fecho-me

Olho-te nos olhos
Por não ser atingido
Uma fortaleza impenetrável...
Mas que suspira pela bela ou o mar

Decifra-se e decifro-te
Mordo meus lábios com raiva deles, querem falar...
Coisas e tal
Palavras, momentos, sonhos e tempos austeros

Sigo, vivo, viajo
Olho e vejo
O que era
O que sou
O que será
O que serei
Eu, você...você, eu...
Pois somos nós, amantes.

Lucas Bertoldo postando uma velhinha retocada com botox.

7 comments:

Anonymous said...

Amor a si, amor ao próximo, amor pelas coisas, pela humanidade... submeto-me ao amor todo o momento.

Para mim, lágrimas e riso se fundem, não se distinguem.
No desejo ou na dor, estão presentes.
Assim como a dor e o desejo andam juntos.

O "eu" não existe sem o outro.

=*
Cria

Anonymous said...

tu tem algums coisa com morder lábios né...sempre cita

Lucas said...

pode ser que tenha, acontece.

é bom morder!


e saber 'quem' gostaria de saber...

Anonymous said...

deconexo.

Anonymous said...

deSconexo.
=D

Sacha Corleone said...

maravilhoso
intenso
suave
e brutal!

Giu Missel said...

O teu texto começa morno...e termina de uma maneira contraditória e deliciosamente desgovernada.

Gostei desse =)