Friday, October 07, 2016

Ditos Populares (I)


Uma vez por mês estarei esclarecendo aqui 3 ditos populares, vamos aos primeiros (Baseado em fatos reais):

Dito: Apressado come cru.

Significância: Ás vezes, nem sempre, quase nunca fazer as coisas com pressa surte, efeito, na verdade é o oposto disso. Como já se dizia, 'a pressa é inimiga da perfeição...'. Que perfeição?

História: De verdade quando pesquisei a expressão, descobri que o surgimento do tal dito no Brasil (ali por meados do século XIX) não era bem cru (assim como o sashimi). Tira-se o 'R' e terá a expressão verdadeira. Naquela época alguns tinham sua iniciação sexual com os animais ou como a maioria das pessoas não tinham carro e nem existia os motéis, então faziam 'tudo' em pé mesmo, principalmente nos lavabos externos que ficavam fora da casa, haja vista o que é proibido é mais gostoso. Ah claro, sempre se tinha pressa, mas nem sempre acertava-se o buraco certo...

Dito: Estar com larica.

Significância: Termo coloquial para fome, no caso uma fome excessiva, principalmente doces, muitas pessoas associam o termo depois de fumar maconha, apesar disso não quer dizer que a pessoa tenha consumido.

História: Dona Maria Candelária Larica, portuguesa que morava no Rio de Janeiro no final do século XVIII, foi quem teve a idéia e fez grande fortuna, sendo também ela uma grande consumidora da Cannabis Sativa (deveria ser Saliva), abriu uma rede de lojas pela capitania toda, especializada em doces portugueses. Principalmente quindim e pastelzinho de Belém. Mas antes oferecia maconha (a qual não era proibida na época) aos clientes, que ficavam loucos para comer doces. A bodega chamava-se A Larica, daí oriundo o termo estou com larica.

Dito: Ri melhor quem ri por último ou Quem ri por último ri melhor (a ordem não altera o dito).

Significância: A expressão já é explícita....

História: Do  francês 'rira bien qui rira le dernier'. Durante a corte de Luís XIV eram comuns surubas, ou bacanais como chamavam. Aí como tudo um dia começa a perder a graça ou cair no ostracismo, naquela época não podia ser diferente. Calças coladas, corpetes e perucas, havia uma transformação. Tinha aquela do trenzinho, onde um encaixava no outro, todos bêbados andavam pela corte francesa em seus quartos suntuosos lotados de prevaricadores com suas perucas encaracoladas. Lá os franceses chamavam isso de 'Carrossel' e riam muito. Mas é claro, que 'ri melhor quem ri por último' e no Brasil com a história das marchinhas de carnaval tornou-se 'quem ri por último, ri melhor...'

LCBertoldo 






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