Friday, December 02, 2016

Crônica sobre a geração MIMIMI: politicamente incorretos

Os temas discutidos são sempre os mesmos, repetem-se redundantemente. Empilham-se uns sobre os outros, não somam, só acrescentam números a pasmaceira...
E tome clichê. É posicionamento político saturado, denúncia infundada, opinião exacerbada, onde na primeira frase já dá pra reconhecer qual partido este defende, negativismo, retração, e as famosas reclamções da geração MIMIMI que tem tudo, mas não tem tempo...
Tem aquelas frases e versos de amor de sempre, e textos superficiais, coisas rasas, insossas e insípidas. Falta intensidade. Amor quando é expresso através de poema tem que prender fogo ou fazer lacrimejar. Houve um tempo em que a demonstração cultural e artística escrita ou versada, contada ou declamada, pintada ou esculpida, era sinônimo de revolução defronte a um cenário estagnado. Hoje, as manifestações artísticas surgem envergonhadas, errôneas, quase pecaminosas. Então, resta-nos remoer o passado. A cultura que agoniza está refém de uma educação desestruturada, onde cá habitam 13,5 milhões de analfabetos. E como se não bastasse, os livros antes execrados agora estão se extinguindo perante a tecnologia moderna dos smartphones. Se estivéssemos em 1922, veríamos que a cultura podia fazer barulho, era algo palpável, real, concreto. Ali reiniciou-se um processo que causa orgulho e saudades. 
Hoje, o jovem estuda e(ou) trabalha, reclama que é demais, mas só lê a um livro por obrigação, assiste a novela ou programas nonsense que não agregam nada e por fim vai para a aula 'engolir' o que o professor lhe empurra. Resultado: má digestão. Alienação total, irreversível. Revolução hoje é envolver-se, precocemente muitas vezes, com partidos políticos, lambendo o chão dos figurões sem saber que torcem pro time errado... 
Tem que torcer para o nosso país e não ficar escolhendo entre coxinha ou mortadela sendo que o pamonha é você, eu, nós, vós, eles...quando eu falo país, eu falo no Brasil e em seu povo sofrido, e não na seleção ou, coligação de corruptos e egocêntricos que governam nossa nação. 
Temos que saber reconhecer que a jovem juventude de hoje será o país de amanhã. O que me gera extrema preocupação é a não importância dada a todo o conjunto da obra que quanto mais tarda, mais falha e se torna meramente impossível, aos olhos de quem não se importa com o pensamento coletivo.
Poderá ser uma geração grande e forte com uma mudança, ou esta juventude continuará 'afiliada' ou melhor, afilhada dos que fizeram por nosso país...Para tanto, leiam um bom livro ao invés do estatuto do partido, leia um livro sem o professor mandar, descubra a diferença entre capitalismo e socialismo, entre neoliberalismo e comunismo. Descubra que ler pode ser melhor que sonhar, pois um sonho não muda a realidade. 
A culturização e a educação podem vencer a politicalização e o Brasil não será reconhecido apenas como o país do futebol, do carnaval e da corrupção...Não quero dizer que corrupção seja sinônimo de política. Mas a educação pode ser sinônimo de prosperidade e um grande incentivo para a cultura e arte em ordem e progresso.

LCBertoldo

"Juventude consciente, unida e educacionalizada, só em sonho"
- Frederic Engels

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